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Caminhamos em allegro, insensíveis às batidas do coração que quer saltar do peito, reclusos de passos dados en arrière. Saboreamos o que nos é dado, em adagio, porque antes o pouco do que o nada. Antes o perene que a ausência. E o corpo curva-se, recolhe-se sobre si mesmo, em posição defensiva, desenhando aqui e ali um grand plié só para ganhar força para continuar en promenade, numa viagem que escolhemos mas cujos contornos duvidamos, evadimos para não chamar a razão à colação. E neste entremeio, sorrimos face a pirouettes, pequenos nadas que nos sabem a tudo tentando não dar um passo em falso e sucumbir num fatal failli.
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