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Just do (me) #8

 

Não me lembro de como era sem ti. Provavelmente era pouco, provavelmente era nada. Sempre que procuro recordar, encontro um vazio, um nevoeiro que não me deixa ver o que passou. Provavelmente esqueci. Provavelmente não importa mais.

Debaixo do sobretudo, reservava-lhe detalhes de requinte. Meias liga pretas, babydoll roxo com apontamentos de renda, sapatos de tacão vertiginosamente alto. Um gancho estrategicamente colocado segurava-lhe a franja de lado e aqueles olhos esverdeados, compunham o ar doce que havia escolhido para lhe oferecer. Abraçaram-se, inalando ao de leve o cheiro de que tanto sentem falta, de que tanto dependem. Beijaram-se, sorrindo, eram felizes sempre que se achavam assim, nos braços um do outro. Envolveram-se a pouco e pouco na paixão que os consumia. Ela, como sempre e como o havia já habituado, escorria de vontade. Não compreendia como ele conseguia exercer aquele poder sobre o seu corpo mas palpitava incessantemente ao senti-lo sentir o seu líquido, o seu querer. Lançou-a sobre a cama, fitando-a olhos nos olhos, hipnotizando-a na certeza de que o desejava sempre e cada vez mais. Aproximou-se dela, como que desafiando-a. Provou-a, sentindo na ponta da língua o sabor adocicado que era dela. Conhecia-o tão bem. Lambeu-o, saboreando-o, gemendo de agrado ao sentir o contorcer do seu ventre, o estremecer de todo o seu corpo electrizado pela língua que usava nela, pelo trincar suave e delicado do clitóris pulsante. Ela, de um impulso só, ofereceu-lhe as costas, dobrou-se mostrando-lhe onde o queria. Ele, de um movimento só, escorregou para dentro dela. Tão fácil, tão perfeito, tão bom. Não consegue explicar o poder que ele exerce sobre o seu corpo mas comprova-o a cada investida, a cada toque, a cada beijo, a cada estocada, a cada orgasmo que lhe dá a sentir.

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