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Os nossos corpos tocam-se por breves instantes e acontece. Não há forma de escapar ao que o arrepio das nossas peles em contacto uma com a outra origina. Como o destino, irrefutável e (i)manobrável, o estado líquido instala-se permanentemente em nós. Embaraçados mas deliciados por saber que o desejo que nutrimos um pelo outro se materializa assim, em provas dadas, em sinais óbvios de um querer insaciável, num preparar dos corpos para a fusão almejada, ansiada, profundamente desesperada.
"Agora estamos mesmo misturados um no outro"
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